sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

I Will Be - Parte II

Narrado por Rose Hathaway

- O que Adrian veio fazer aqui? Na cidade? – questionei a Lissa que ainda estava sobre o efeito “Adrian Ivashkov”.

- Ele disse que esta com saudade da gente e quer nos ver, nos convidou para jantar, e como você precisa se divertir vai ir comigo. Assim como Christian. – ela disse, não como uma pergunta, mas sim como um comunicado.

- Vou? – perguntou confuso.

- Claro que sim, é meu namorado, vou te apresentar a meu primo. – ele ainda a olhava, porem agora, era com duvida.

- Liss... – murmurou, e eu senti vontade de chutá-lo, puxa vida, apenas eu a chamava de Liss. – Você nunca teve nada com esse cara não é? – ela riu.

- Não. Ele era namorado da Rose, mas ela terminou com ele assim que Adrian começou a se sentir dono dele. – não fiquei nada surpresa por ouvi-la falando de minha vida pessoal como se eu não estivesse sentada do lado dela.

- Ah... – Christian riu. – Imagino a cara de Dimitri quando souber disso. – fiquei ereta no momento em que ouvi seu nome, foi inevitável não sorrir com a menção de seu ciúme, ele era uma graça quando ficava assim. Mas também foi inevitável para o meu coração não gelar ao ouvir isso, saber que ele não tinha mais direito de sequer olhar para mim.

Lissa percebeu isso quando mandou Christian calar a boca.

- Me desculpe, Rose, eu não...

- Tudo bem, esta tudo bem. – me voltei para Lissa. – A que horas a gente sai?
- As oito, pode ser? – assenti. Olhei o relógio. Seis e meia.

- Vou ir tomar um banho então. Até daqui a pouco.

Narrado por Lissa Dragomir

- Liss, eu não...

- Tudo bem, tudo bem, você não tinha como saber mesmo. – me joguei no sofá e pus o dedo na boca, eu odiava vê-la sofrer.

- Sabe o qual é o pior? – me quase gritando. – É saber que ela vai ficar assim Deus lá sabe quanto tempo, saber que ela vai sofrer ainda mais quando ele realmente estiver casado, pior ainda saber que eu não posso fazer nada. As vezes eu o odeio sabe, ele fez minha melhor amiga sofrer, Christian. – desabafei.

- Rose é forte.

- Sim, ela é, mas quando se trata dos outros, ela é forte pelos outros, mas não por ela. – Christian se aproximou e sentou ao meu lado.

- Não se preocupe com ela, sei que ela pode estar mal agora, mas vai passar, apenas não a trate como se ela fosse uma retardada. – eu ri.

- Não fale assim, Rose esta mal, e nem me venha com essa de “o tempo cura” que eu não acredito.

Foi a vez dele de rir.

Aproveitei sua proximidade para puxar a cola de sua camisa e beijá-lo, por acidente Christian caiu em cima de mim.

- Hunm... – ele resmungou. – Acho que gosto dessa Lissa.

- Qual Lissa?

- Essa. – e sem mais delongas ele pousou seus lábios nos meus.
Narrado por Rose Hathaway

Não demorei muito no banho, o problema foi que demorei bastante para escolher uma roupa.

No fim de tanta troca, optei por uma saia de cintura alta bege, e uma blusa preta, coloquei um sapato alto preto, uma de minhas pulseiras de ouro, o cabelo solto e um colar azul. Soltei o cabelo, bagunçado ele um pouco. Passei uma leve maquiagem e sai.

Lissa estava no quarto dela, com um vestido rosa bebê, um sapato alto branco, e o cabelo preso em um coque despojado. Seus olhos tinham rimel, o que os deixava maiores.

Sim, Lissa era bonita, muito bonita.

- Pronta? – perguntou.

- Ainda falta meia hora. – comuniquei a ela.

- É, eu sei, Christian vai vir nos buscar. – me senti mal.

- Liss... eu posso ir no meu carro, vocês vão juntos e sozinhos, eu sigo vocês. – ela riu.

- O que acha que vamos fazer em um carro?

- Não me faça responder.

- Pare de bobagens Rose. – mais algum tempo conversando bobeiras e ouvimos um barulho de carro.

Descemos as escadas e após sairmos, Lissa trancou a porta. Entramos no carro e Christian estava lá, obvio, vestia uma calça jeans e a parte de cima de um terno. Era uma roupa estranha, mas legal. Quase ri dele.

Liss foi na frente junto dele, sentei atrás, e observando o jeito como eles conversavam, eu me sentia uma criança observando os pais conversarem. Era bobo pensar nisso, mas era como eu me sentia, senti falta de quando eu estava ali, com ele.

Tirei esses pensamentos da cabeça e me recostei mais no banco do carro, fechei os olhos, mas tendo o cuidado para não dormir.

Quando o carro parou, percebi que estávamos em um dos melhores restaurantes de Manhattan.

Desci do carro e acompanhei Lissa e Christian enquanto entravamos.
Narrado por Dimitri Belikov

- Anda logo, Dimitri, eu estou com pressa. – rolei os olhos.

- Porque tanta pressa, não são nem oito horas da noite. – murmurei.

- Eu sei, mas meus planos para essa noite não acabam em nós irmos apenas no restaurante. – revidou. Tasha riu maliciosa, e isso me deu nojo, mão porque ela era feia ou coisa assim, mas sim porque eu não me imaginava tocando outra pessoa que não fosse minha Rose.

Seguimos para o restaurante, ele não estava muito cheio esta noite, pegamos uma mesa no fundo, afastada de outras, a não ser por um homem que estava sentado em uma mesa grande ali perto, ele estava sozinho, mas parecia se divertir.

Tasha tagarelava sobre algo do casamento, algo fútil como sempre. Respondia suas perguntas mecanicamente.

- Esta me ouvindo? – perguntou.

- Sim. – respondi. E então ela continuou, aquilo estava sendo chato o suficiente para mim não me importar e dormir, mas seria falta de educação.

Notei quando o cara que estava sozinho na mesa levantou, como não tinha nada para fazer, o observei, ele andou até a porta, onde algumas pessoas estavam conversando, para minha surpresa, eram Lissa e Christian. Ele deu um breve aceno para Christian e abraçou Lissa, Logo, uma terceira pessoa apareceu na porta, pessoa essa que o tal cara recebeu com uma afeição um pouco exagerada. Exagerada porque era minha Roza.

Ela estava linda naquela saia de cintura alta. Manteve o braço em volta do cara, enquanto o mesmo beijava uma de suas mãos.

Rose ria. E isso me irritou, me irritou profundamente.

- Olhe só, a vadiazinha também freqüenta lugares de gente. – apertei com mais força o cabo da faca. Eu estava fervilhando de raiva.

- Eu já disse para não falar assim dela Tasha. Agora cale a boca, porque se não eu levanto daqui e te deixo.

- Você não seria capaz. – encarei seis olhos.

- Me teste, então. – ela se calou.
Voltei a atenção para a mesa do lado. Rose viu que eu estava ali, pois ela estava sentada de frente para mim. O garoto sentou ao lado dela, a tôo tempo segurando sua mão, os dois riam, ele sussurrava coisas no ouvido dela e isso a fazia sorrir. A todo momento ele tentava achar desculpas para tocá-la. Ele queria tocar o que era meu.

- Eu não vou aceitar isso, Dimitri. Você não pode ficar olhando descaradamente para ela. Agüentei muito até aqui. – ao contrario do que eu pensei – que Tasha se levantaria da cadeira e me deixaria ali sozinha –, ela apenas me encarou e seguiu para o banheiro. O problema era que Rose tinha acabado de ir para lá.
Narrado por Rose Hathaway

Maldição
. Justo quando eu pensei que poderia pelo menos jantar em paz. Disse a Lissa que iria ai banheiro.

Entrei lá e passei uma água no rosto. Sorte que a maquiagem era a prova d’água. Ele estava tão lindo ao lado da noiva.

Encarei minha própria imagem no espelho, e me surpreendi com o que vi. Atrás de mim estava ela. Natasha. Me encarando com ódio e sarcasmo.

- Olá, Rose. – sem dar nenhuma importância para ela, murmurei um “oi”.

- Presumo que tenha nos visto. Viu como Dimka esta feliz? É bom estar ao lado dele e ouvi-lo dizer o quanto esta ansioso para nosso casamento. – ok, aquilo estava sendo uma apunhalada no coração. – Sabe, quando estamos fazendo amor, ele sussurra coisas no meu ouvido, que enlouquece qualquer uma, você sabe não é. – as lagrimas queimavam em meus olhos.

Eu não conseguia mais continuar ouvindo-a, mas sair dali agora era como dar um troféu a ela, um troféu que era meu por direito.

- Você lembra da sensação que é ter aquelas mãos grandes por todo o seu corpo, Rose? Você não imagina como é senti-lo todas as noites. Ouvi-lo dizer que te ama enquanto fazem amor. – funguei, era exatamente assim que acontecia. Quando era apenas Dimitri e eu. Não tinha nenhuma outra mulher no banheiro, por isso ninguém – alem de mim – achou estranho quando Dimitri entrou pela porta.

Pela primeira vez na noite e em tanto tempo desde que nos conhecemos, nossos olhos se encontraram, e eu não pude acreditar que vi dor em seus olhos. Dor e ódio.

- Tasha. É melhor você me esperar lá fora. – enquanto ele falava com ela, eu fiz menção de sair, mas quando passei por ele. Sua mão segurou meu braço, e eu pude sentir o choque elétrico se apossou de nós dois.

- Vamos, amor. – ela falou. Dimitri a encarou mais uma vez, veneno pulsava em seu olhar, e eu sabia que ele estava com raiva, muita raiva.

- Me espere lá fora, tenho assuntos para resolver aqui. – Natasha me encarou mais uma vez, e sorriu.
- Até mais querida, nos veremos em breve, te mandarei o convite para o casamento. – reprimi a vontade que eu tive de jogá-la no chão e estapeá-la. Segundos depois, estava apenas eu e Dimitri no banheiro.

- Roza... – foi a primeira coisa que ele sussurrou antes de se aproximar e sem pedir permissão me dar um simples beijo. Me afastei.

- Para, por favor.

- Porque? Rose, eu ouvi o que ela te disse, e acredite em mim, é mentira, eu nunca, nunca toquei nela, amor. – a primeira lagrima escapou. – Sempre foi você, por favor, volta para mim.

- Eu não posso. – sussurrei. – Não podemos continuar nessa mesma situação. – só eu sabia como eu queria esquecer tudo e me jogar nos braços dele. Falar o quanto eu o amava e sentia a sua falta. Abraçar seu corpo e nunca mais soltá-lo. Mas não.

- Rose, eu... – ele ia dizer algo, mas uma mulher entrou ali e ficou o encarando. Me virei para a porta, mas antes que eu pudesse sair, ele falou.

- Espere. – me virei. – Aquele... aquele cara, ele é seu novo namorado? – eu quase falei que sim, juro que quase falei, mas não fazia sentido ficar mentido para Dimitri, ele sabia que eu não teria ninguém por um tempo longo.

- Não. – murmurei. Pude ver o sorriso em seu rosto. Sai dali ainda sentido a maciez de seus lábios nos meus. Como eu senti falta daquilo.

Sentei na mesa confusa. Será mesmo que ele me falava a verdade? Ou estava apenas mentindo para que eu não sofresse mais do que já sofria? Valia realmente a pena acreditar naquela cobra filha da mãe ou no cara que eu sempre amei? O fato era que, depois de nossa breve conversa, minha atenção foi totalmente tirada das conversas que seguiam na mesa. Lissa notava isso. Ela sempre notava. Como não perceber uma coisa que estava escrita na minha testa?

Naquela noite eu voltei para casa a pé. Não me importava se era longe, apenas tirei meus saltos e caminhei, ignorando todos a minha volta. Não fui para a casa de Lissa, fui para o meu apartamento.
Que no momento estava terrivelmente limpo, já que mesmo que eu não estivesse em casa, a governanta vinha aqui. Eu sempre deixava uma chave reserva debaixo do extintor de incêndio do meu andar, mas ela não estava ali agora. Sem nenhuma vontade para parar de pensar em onde ela estaria, peguei a que eu tinha na bolsa. Ainda descalça e com os pés sujos de terra, passando pela sala vi ai, jogado no sofá, o ultimo buquê que ele tinha me dado, totalmente seco, sem vida. Eu andei até meu quarto, ao me jogar na cama, me sobressaltei por ter caído justamente em cima de alguém.

Meu coração voou para longe quando um Dimitri recém acordado me encarou. Por um breve momento nos encaramos, nenhum sabia o que dizer, aposto que Christian disse a ele que eu estava na casa de Lissa por um tempo e por isso ele não me esperava por ali tão cedo.

- Oi. – foi o que ele murmurou. – O que esta fazendo aqui? – eu quase sorri.

- É a minha casa lembra. – ele sorriu.

- Eu sei, a casa que eu dia você disse que poderia ser nossa. – eu assenti. Se abrisse a boca para falar algo agora, minha voz me denunciaria.

Por isso, ignorando a presença dele, andei até o closet e pequei um pijama. Fui até o banheiro, tranquei a porta e tomei um banho, estava suada pela caminhada, meus pés doíam e tudo que eu precisava era da minha cama.

Espera – ou não – que Dimitri tenha ido embora quando eu saísse do banheiro. Com calma, depois de alguns minutos de molho na banheira, eu vesti o pijama, calcei um chinelinho e abri a porta. Para minha surpresa, Dimitri ainda estava lá. Deitado em noss... minha cama como se fosse uma de nossas noites.

- Você... – suspirei –...você não vai ir embora?

- Quer que eu vá? – não. – Sim. – respondi.
- Não me parece convencida. – com uma das mãos, ele puxou meu corpo para o dele. Segundos depois, eu me deixei levar e chorei. De vez em quando, balbuciando algumas coisas.

- Porque tem que ser assim? – me vi perguntar.

- Pode ser diferente, é só você querer. – eu queria dizer a ele que não dependia de mim, não só mim. Era nós dois quem tínhamos que decidir. Tempos mais tarde, eu parei de chorar, puxei o rosto de Dimitri para próximo do meu e o beijei.

Deixei ser levada por meus desejos e os dele. Logo não estava mais ao seu lado e sim em baixo dele. Minhas passeavam por suas costas enquanto as dele se preocupavam em arrancar minhas roupas.

Dávamos um ao outro olhares intensos e desejosos. Era quase como tê-lo de volta para mim, com a ajuda dele, tirei suas roupas, agradecendo mentalmente por sua cueca ter vindo junto com a calça, já que eu estava apenas com a calcinha e ele ainda vestido.

Sua mão alisou meu seio, e eu não pude evitar o gemido de satisfação. Com minhas pernas, envolvi sua cintura, onde já podia sentir sua enorme excitação.

Irando de posição, fiquei em cima dele, e mais rápido que nunca, estávamos nus. Os toques provocantes não cessaram. Eu podia sentir sua boca em meus seios enquanto suas mãos apalpavam meu bumbum, sem conseguir esperar, olhei para ele, que, entendendo o recado, logo estava dentro de mim.

O som do ritmo vai e vem era o único som que se ouvia em casa. Nossos corpos se movendo em perfeita sincronia era mais que uma dança. Suor.
- Diz... – gemi. – diz para mim quem é que te faz ficar assim, diga para mim quem é. – murmurei entre a estase de prazer.

- Você, Roza. Só você. Sempre você. – eu assenti, mau conseguindo raciocinar. Eu estava tendo minha noite de adeus, era só nisso que eu me permitia pensar.

Quando acabamos, eu cai na cama ao seu lado, aconchegando meu corpo perto do seu, encostando a cabeça em seu peito.

- Eu te amo. – ouvi ele sussurra antes de eu dormir. Mas não tive tempo de dizer o simples “eu também” pois o torpor já havia me atingido.

(...)

No outro dia, quando acordei, Dimitri ainda dormia ao meu lado, nosso pedaço de paraíso tinha acabado na noite anterior. Por isso, sem muitas forças, vesti uma roupa e fui para a casa de Lissa. Não sem antes dar um ultimo beijo em seus lábios.
Narrado por Dimitri Belikov

Era isso, ela tinha ido embora. No fundo, eu sabia que seria assim, sabia que seria apenas uma noite de adeus e que tudo acabaria na manha seguinte, pelo menos me foi possível mais uma noite.

...

Duas semanas se passaram desde que Rose e eu estivemos juntos. E hoje, seria o meu casamento, meu tão – não – esperado casamento.

Eu não estava nervoso, pelo contrario, me encarava no espelho como se...

- Esta indo para a forca? – perguntou minha irmã, adivinhando meus pensamentos.

- Quase isso. – tentei fazer graça, mas ela percebeu a verdade naquelas palavras.

- Tasha esta uma pilha de nervos. – ela riu. Eu dei de ombros.

Emily entrou correndo logo depois, devidamente vestida com um vestido branco cheio de baboseiras que eu não sabia o que era.

Ela pulou em meu colo e seguimos para a sala, onde meus pais nos esperavam.

- Está tão lindo filho. – disse minha mãe. Balancei a cabeça, meu pai apertou minha mão.

- Tio. – Emily chamou minha atenção. – A moça da foto vai vim? Eu queria conhecer ela. – minha família logo sabia de quem ela estava falando, todos ficaram rígidos com a menção de Rose.

- Não querida, ela não vai vir. – respondi, ignorando a expressão de todos. Menos a de minha irmã, que parecia divertida com tudo aquilo.

- Que pena. – ela murmurou. Meu pai me deu um olhar reprovador. Enquanto minha irmã me deu um beliscão na bunda.

- Ae, garanhão. – sussurrou em meu ouvido.

Ignorando-a, segui para meu enterro, digo, meu casamento.
Narrado por Rose Hathaway

Sim. Eu recebi. Recebi o bendito convite de casamento deles. Não que eu fosse ir, mas eu sabia que era provocação da parte dela. Lissa já estava pronta, iria ao casamento para ser apresentada a família de Christian como sua namorada. Eu tinha medo por ela. Não queria que minha amiga fosse maltratada por ter algo comigo, por ser minha amiga.

Eu tinha quase certeza que toda a família dele me detestava, me odiava na verdade.

- Rose... eu estou indo. – ela me deu um beijo na testa – Fique bem. – rolei os olhos para ela, eu não ia me contar ou fazer qualquer maluquice do tipo apenas porque o cara que eu amava estava se casando.

Por incrível que pareça, quando acordei hoje, não tive vontade de chorar, pelo contrario, eu estava calma. Sob controle.

Alguns minutos depois de Lissa ter saído – sim, depois daquela noite, ela praticamente me obrigou a voltar para a casa dela – e chamei Adrian, ele era uma boa pessoa, me divertia com ele.

Como se nada estivesse acontecendo nesse exato minuto, eu fui para a cozinha, onde preparei uma pipoca, a campainha tocou, e eu larguei ela ali em cima. Adrian entrou com alguns filmes na mão, estava frio, e algo que eu considerava maravilhoso era assistir filme, no frio, comendo pipoca e enrolada em vários cobertores, rodeada de travesseiros.

- Que cheiro é esse? – perguntou.

- Fiz pipoca. Doce ou salgada? – ele pensou.

- Doce.

- Perfeito, comemos juntos então. – fui até a cozinha e coloquei em cima da pipoca um monte de leite condensado.

Voltei à sala e encontrei Adrian colocando um filme.

- Que filme é esse? – questionei.

- Noivas em guerra. É antigo, mas é legal, comédia.

- Ah... – sentei no sofá com ele, comemos aquela pipoca como se não fosse nada. No decorrer do filme – o qual eu não consegui rir – Adrian tentava se aproximar de mim. Eu ficava desconfortável com isso, e também a forma como o tempo estava passando depressa.

- Rose... – chamou, eu virei, e por pouco Adrian não me deu um beijo, eu arfei. 
- Adrian... por favor, você sabe...

- Você ainda gosta dele, não é. – não havia sido feita um pergunta, era uma afirmação que me fazia estremecer.

- Não. – quase que gritei, tentando esconder qualquer vestígio de mentira. Adrian sabia sobre Dimitri, como eu disse, nunca foi segredo para ninguém.

- Por favor, Rose, faça um favor a si mesma, levante esse traseiro daí, ponha um vestido de matar e vá nesse casamento, mostre a esse cara o que ele perdeu. – o lado bom de Adrian, é que mesmo ele dando suas investidas, se preocupava comigo, falava o que eu tinha que fazer. Claro que, levar Adrian a sério é o mesmo que levar uma criança de cinco anos a sério, mas, puxa, ele estava me mandando fazer uma coisa que eu realmente queria fazer.

Olhando para Adrian, sentir a confiança voltando a mim. Sorri para ele.

- Vem... você precisa me ajudar a escolher um vestido. Preciso de opinião masculina.



(...)



Não era uma dos lugares mais agradáveis ficar em pé na porta da igreja. Percebi também que meu bom humor tinha se acabado. É claro que sim, não era lá muito legal ver o cara da sua vida parado num altar, casando com uma mulher que não é você.

Alguma coisa puxou o meu vestido. Eu olhei para baixo.

- Moça bonita. – sussurrou uma garotinha, devia ter uns 3 anos. 
- Hunm... oi. – murmurei.

- Eu conheço você, titio Dimitri me mostrou uma foto sua. – é claro, Emily, a sobrinha de Dimitri, a garota era praticamente a filha que ele nunca teve. – Porque você não esta lá dentro?

- Eu não posso. – não sou bem vinda.

- Titio disse uma vez que gostava da moça bonita, que ele ia ficar com ela. – eu sorri, mal conseguindo evitar as lágrimas. – Você também vai ficar com ele? – fiz uma careta.

- Não querida. Sinto muito.

- Mas o titio disse que era uma promessa.

- Os adultos as vezes quebram promessas.

- Os adultos são chatos. – logo alguém a chamou, ela me deu tchau e murmurou um “não chore, moça bonita, o titio gosta de você” o que eu não daria para ter a inocência dela... Meus pensamentos foram quebrados quando eu ouvi.

- Natasha Ozera, você aceita Dimitri Belikov como seu legitimo esposo?

- Sim. – logo após, a mesma pergunta foi dirigida a Dimitri, e quando ele percebeu minha presença ali, foi como um chute no estomago, percebi o quão tola eu tinha sido em pensar que conseguiria ficar ali. Antes do maldito sim, eu já estava do outro lado da rua, descalça.

Fui para o único lugar que eu julgava ser bom. 
- Para Dimitri, para. – gritei entre gritos, enquanto ele segurava minha cintura, corríamos em volta da praia.

- Porque, Roza? Não agüenta mais? Vai retirar o que disse. – ele me encarou, risonho.

- Nunca. – sussurrei. Ele riu, voltando a correr atrás de mim. Acabou que paramos dentro do mar. Ambos encharcados. Desde aquele dia – o dia em que finalmente ele havia dito que me amava – decidimos que aquela seria a nossa praia.
Mais uma vez. Doce engano.

Sentada no chão, encarando o mar sozinha, eu penso em como tudo mudou drasticamente, antes, minha vida era pura comedia, adrenalina e amor. Agora, eu não sentia nada alem de drama e dor. Sentimentos parecidos, não é?

Minhas mãos apalparam a areia, para logo, deixá-la cair por entre meus dedos. E foi então, que eu ouvi o que menos esperava.

- Você costuma fazer isso quando esta entediada e nervosa. – virei para trás, passando as mãos pelo vestido. Lá estava ele. O sorriso bobo nos lábios, o cabelo solto, e aquele terno de noivo, ou qualquer outra coisa assim.

- Não era para você estar casado nesse momento? – perguntei, sem ter muito o que falar.

- Eu não consegui. – sentou ao meu lado, agora, ambos encarávamos o mar.

- Não conseguiu o que?

- Não consegui dizer sim, não para ela. – meus olhos se arregalaram, e a sensação que eu tive era de que meus olhos ia soltar do rosto.

- Vo... você não se casou? – perfeita hora para gaguejar. Dimitri riu. 
- Não... Acho que no fundo eu sabia disso, sabe, enquanto não fosse você lá, de branco, vestida para mim, eu não conseguiria. – o silencio permaneceu, e não, não fora nem de perto um silencio agradável, eu queria perguntar a ele sobre várias coisas, mas as perguntas simplesmente ficaram entaladas em minha garganta, não saiam, até que ele tomou a iniciativa.

- Rose... naquele dia, naquele dia que eu fui na sua casa e você disse aquelas coisas...

- Para, não precisa, vida que segue.

- Não, não é vida que segue, não enquanto eu não tiver você, agora escute. Naquele dia que eu fui na sua casa, eu tinha tomado uma decisão, seria surpresa, mas enfim...

- Que decisão?

- Eu ia te pedir em casamento, Roza. Ia perguntar se você queria, oficialmente, ser a minha mulher, mas ai você me jogou um balde de água fria.... – não consegui mais escutá-lo, meus pensamentos voaram para aquele dia e reformaram a cena, ele entrando em minha casa, com seu buquê de rosas, me pedindo em casamento, o nosso futuro junto. Tudo por água a baixo por causa minha. Eu solucei, solucei alto. Logo, seus braços me rodeavam.

- Shh... não chora minha, Roza, ainda da tempo, é você dizer que sim. – minha voz estava perdida, e eu, de jeito algum a encontrava, o sim estava entalado em minha garganta como se na ponta do S tivesse chumbo. Dimitri continuou me balançando ali. Mas que droga, era só eu dizer. Respirando fundo, eu engoli em seco, porem, fui interrompida. 
Dimitri me soltou, e eu senti falta do seu calor no mesmo instante, colocando a mão no bolso da calça, ele tirou de lá uma pequena caixinha, que no fundo, eu sabia o que era.

Sorri.

- Ele é seu, por direito. – lá dentro, um anel lindo repousava. Todo cravejado em brilhantes, sem me conter, eu passei o dedo nele. E, uau, era muito lindo.

Fiquei me perguntando se ele carregava esse anel por ai, tipo, durante o casamento dele.

- Então, Rose... – como eu sabia que minha voz não ia voltar – pelo menos não nesse instante. Eu quase pulei no colo de Dimitri, me agarrando a ele com minha vida, colando meus lábios aos seus com fúria, que ele não deixou de corresponder.

- Isso é um sim? – perguntou, distribuindo selinhos por meu rosto.

- Isso é o que você quiser.

Sm mais nem menos, ele gritou, um grito de felicidade, que me fez rir, levantando da areia, ele me pegou no colo, e como na noite em que ele disse que me amava, fomos parar no mar, na água fria, que não estava nem um pouco fria.



(...)



Quando ficou noite, bem noite, Dimitri decidiu que nós iramos passar a noite em um hotel, que queria se livrar, pelo menos por uma noite, de tudo ligado a nós dois.

Passamos em alguma loja qualquer a caminho do hotel, e como dois loucos, entramos encharcados em uma loja, compramos algumas peças de roupas para que tocássemos durante a noite.

No hotel, tomamos banho juntos, como a semanas não fazíamos, eu sentia que tinha recuperado a parte de mim que sempre estivera faltando durante sua ausência. Com muito esforço, levantamos da banheira, com apenas uma calça de moletom, Dimitri deitou, e eu, com uma blusa e a calcinha, me enrosquei nele, desejando jamais levantar daquela cama.

- E seus pais? – me vi perguntar. 
- Não sei, sai daquela igreja feito um louco atrás de você, Emily me contou que te viu e eu presumi que estivesse na praia, afinal, é a nossa praia. – então ele também lembrava da praia, claro que lembrava.

- Presumiu certo, para mim, não tinha outro lugar, mas, e sua família. – insisti.

- Já disse que não me importo, Rose. Eu tenho você, acabou, minha vida esta perfeita, eu tenho um trabalho, vamos nos casar e acabou. Pode parecer um sonho medíocre, mas o que eu quero.

- É o que eu quero também.

Sem nos importarmos com nada, sem nos importarmos com o futuro próximo que nos aguardava pela manha, nos beijamos, éramos apenas nós ali, eu, ele e o nosso amor. Poderia parecer bobo, tosco, clichê, mas eu não me importava. Não importava que, para ficar com Dimitri, eu ainda teria que enfrentar meio mundo.

Estávamos juntos, era o suficiente.
FIM

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Imagens Inspiradoras?

Oi minha gente. O que vou mostrar para vocês não tem absolutamente nada a ver com VA, mas eu achei essas fotos tão lindas que mesmo assim não me impediu de mostrar para vocês.
Olhem só:
Essa me lembra muito minhas férias, não sei porque eu só lembro e o engraçado é que não tem absolutamente nada a ver. kk'
Mas... temos de adimitir, ela é uma imagem bonita, e de alguma forma me dá uma leveza só de olhar. Talvez pelos tons claros.







Essa não sei, eu só gosto dela, é tão bonita, e talvez mostre um pouco de nós, meninas. Adoramos uma camera fotográfica. kk'

O post de hoje não foi nada inspirador, mas as imagens sim. Logo eu volto com a segunda parte de "I Will Be."
Beijos!
Mia S.

 

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

|One-Shot| I Will Be

Título: I Will Be
Autor(a): Mia S.
Shipper: Rose Hathaway / Dimitri Belikov
Gênero: Romancê/Drama/Universo Alternativo
Censura: NC-17
Sinopse: "Não, você tem sua noiva, tem a sua vida, assim como eu tenho a minha. O que nós tivemos foi incrível, único, mas passageiro. Errado."
-
Para Rose Hathaway, não estava mais dando certo ter que conviver com a culpa. Sim, ela se sentia culpada quando via nos olhos de Dimitri Belikov, que ele a amava. Se sentia culpada porque sabia que ele tinha uma noiva que o esperava. E com isso, decidiu que o melhor para os dois, seria o fim.
-
Mas ela não oderia fazer uma escolha sozinha, escolha essa que afetaria a ambos.
-
Mesmo com isso. Dimitri prometeu a si mesmo que não deixaria ela se afastar.
Rose já era dele. E disso ninguém discordava.

I Will Be - Parte I

Narrado por Rose Hathaway

- Desculpe, mas eu não posso mais.

- O que? Rose... você...

- Dimitri. – respirei fundo, apenas pensar em dizer seu nome como um adeus rasgava meu peito. – É errado, eu não consigo mais, ta legal? Você pode chamar isso do que quiser, choque de realidade ou sei lá o que. Eu só não consigo mais.

- Roza. – sussurrou, eu neguei.

- Não, você tem sua noiva, tem a sua vida, assim como eu tenho a minha. O que nós tivemos foi incrível, único, mas passageiro. Errado.

- Não precisa ser assim, eu te disse. – engoli as lágrimas.

- Desculpe, adeus. – mais uma única e dilacerante vez, eu dei alguns passos para frente, levantei os pés e moldei meus lábios com os seus, ainda podia sentir meu coração dar pulos quando minha pele tocava a dele. Com um sorriso triste, eu me afastei e fechei a porta.

Andei até o sofá da sala, nas mãos, o ultimo buquê de rosas que ele me traria.

Dimitri Belikov, sete anos mais velho que eu, com uma noiva, porem apaixonado por mim.

A pouco mais de três meses mantínhamos uma relação. Nenhum de nós considerava aquilo como traição. Dimitri havia me prometido que terminaria tudo com a noiva, mas ontem, quando eu estava caminhando pelo parque da cidade perto do meio dia, eu os vi. 
Não só os dois. Mas a família deles, todos ria envolta de uma linda mesa no meio do parque, conversavam, se divertiam, exceto é claro, por Dimitri, que apenas por educação, sorria para uns, conversava com outros.

Mas foi ai que eu a vi. Natasha Ozera – a noiva dele – levantou de súbito, sentou no colo dele e o beijou. As pessoas em volta da mesa aplaudiram, todos muito contentes por aquilo.

Naquele momento, eu percebi que eu não me encaixava naquele quadro perfeito de família. Mesmo que Dimitri negasse dizendo que a outra seria sempre ela, já que era eu quem tinha seu coração.

Eu tentei me lembrar disso quando cheguei em meu apartamento naquele dia e decidi dar um basta nessa situação. Só que eu não consegui.

Por isso, eu decidi por um fim em tudo, mesmo que me machucasse, eu sabia que era o melhor a ser feito, para o meu próprio bem.Fui até o banheiro, lavei bem rosto e segui para a casa de Lissa, minha melhor amiga.

Toquei a campainha e logo uma Lissa afobada e com o cabelo enrolado em uma toalha apareceu.

- Rose?

- Não, é o fantasma dela. – Liss rolou os olhos e me deu passagem.

Fomos direto para o quarto dela. Lissa, assim como eu, morava sozinha.

- O que aconteceu?

- Nada.

- Como nada? Você não derrubaria minha porta por nada. – ela parou por algum tempo, me analisando. – OMG, ROSE. VOCÊ TA GRAVIDA. – ela gritou, me obrigando a rir.  

- Cala a boca, Liss, se tem uma coisa que eu não to, é grávida. – ela respirou, aliviada.

- Então o que aconteceu? E não me venha com essa história de nada porque eu não acredito dona, Rosemarie Hathaway.

Contei a ela tudo o que tinha acontecido comigo desde ontem. O ultimo encontro nosso antes de eu vê-los naquele parque. O beijo que ele recebera da noiva, sua expressão quando chegou ao meu apartamento com mais um de seus variados buquês de flores. O modo como ele reagiu quando eu disse que não agüentaria mais. E a maneira como ele me falou que terminaria tudo hoje com ela, e também o modo como eu disse não.

- Porque você disse não?

- Você não vê, Lissa? Esse casamento é arranjado desde que eles nasceram, ai, do nada, chega uma garota, que ele conheceu em um parque de diversões, e desfaz tudo o que duas famílias planejaram a anos. Eu conheço Dimitri melhor do que eu conheço a mim mesma, e sei que ele não quer desapontar os pais. Assim como não quer me desapontar. – falei. Sentindo as lágrimas voltarem.

- Mas você o ama, Rose? É a felicidade de vocês, isso deveria contar. – eu solucei.

- Eu só quero colo de amiga agora, ok? Será que eu tenho alguma disponível?

- AHHHH. Vem aqui meu bebê indefeso. – ela me envolveu em seus braços, me recostei nela. Estar com Lissa sempre melhorava um pouco as coisas. Mesmo tendo personalidades diferentes, eu e ela entendíamos uma a outra. Éramos quase como irmãs.

- Você vai ficar bem, Rose, isso vai passar, as coisas vão melhorar. – assenti, apertando mais os braços dela em volta de mim.

- Você... você pode dormir lá em casa hoje? Acho que se eu ficar sozinha vou fazer besteira. Você pode?

- Posso sim, vamos lá na sua casa, pegar umas roupas para você que a senhorita vai passar uns dias comigo.

- Não, Liss, não quero te atrapalhar.

- Que atrapalhar que nada. Vai ser bom ter você comigo, de uns meses para cá você esteve ausente comigo. 
- É, mas agora isso mudou. – falei, me lembrando de que nunca mais o teria para preencher meus dias.

- Não fique assim, amiga. Você tem vários outros caras que dariam a vida para sair com você.

- Mas eu não quero outros caras. – minha voz embargou, e eu sabia que tinha um biquinho em meus lábios.

- Eu sei, Rose, eu sei. – ela me balançou em seus braços. – Você fez a coisa certa, querida.

- Agora tudo vai ficar bem, pode acreditar em mim. Tudo vai dar certo. Eu estou com você.

Respirei fundo, e levantei para encará-la.

- Vamos na minha casa? Vou pegar minhas coisas. – Liss sorriu, e acenou.

- Vamos sim, deixa só eu tirar essa toalha do cabelo. – nós rimos.

Esperei na sala enquanto ela se aprontava. Eu não queria ficar sozinha, fraca do jeito que eu era, a única coisa que eu ia conseguir fazer era ir atrás dele. E isso eu não podia, não depois de tudo. O melhor para nós dois, era guardar na memória tudo o que vivemos, apenas uma boa recordação.

- Vamos? – indagou Lissa, entrando na sala com o cabelo solto.

- Vamos.

Fomos até a minha casa no meu carro, peguei algumas roupas básicas, meus cremes e tudo o que eu usava na minha higiene pessoal.

Quando fui pegar um livro que eu adorava na instante em meu quarto, vi uma foto dele ali em cima. Não era só dele, era nossa. Estávamos em frente ao shopping, Lissa estava com a gente e ela que tirou a foto. Estávamos abraçados, Dimitri me envolvia nos braços como se eu fosse um bebê. Riamos. Era, com certeza, a melhor foto que eu tinha.

- Ahh... não mesmo, Rose, largue isso. – ouvi a voz de Lissa, automaticamente eu larguei a foto e fomos embora.

Lissa sabia de tudo desde o começo, ela não gostou nada de saber que ele tinha uma noiva, mas sabia o quanto nos amávamos e disse que nunca seria contra a algo que me fizesse feliz.

Quando chegamos, enfim, fui tomar um banho. É, agora era apenas esperar a dor passar.  
Narrado por Dimitri Belikov

Eu só queria entender o porque. Eu precisava entender o porque de ela ter terminado tudo assim, do nada. Eu havia prometido, eu havia prometido a ela que terminaria tudo com Tasha, era só esperar a melhor oportunidade. Só não tinha dito isso a ela ainda pois nunca conseguíamos ficar sozinhos, sempre tinha alguém por perto.

No começo, quando conheci Rose, não levei a sério, não como um relacionamento, pensei mais que podíamos ser grandes amigos. Ela me entendia, sabia como eu estava receoso com esse casamento, mas não poderia decepcionar meus pais. Idiota. Eu era um grande idiota.

Quando percebi que eu a amava, foi, digamos que, um choque para mim. Eu estava prestes a casar com um mulher, porem amava outra.

AHH minha Rose, se você soubesse o quanto me arrependo por não ter terminado tudo isso antes. Se você soubesse o quanto me faz falta.

Todos os dias, todos os dias eu ia vê-la, até quando éramos apenas amigos. Eu gostava de estar na presença dele. De ouvir seu riso e tocar seu cabelo marrom e macio.

Rose costumava dizer que eu estava com ela apenas por seu cabelo. Nós riamos quando ela falava isso.

E agora eu vejo o quão cego fui, um bobo por não ter ido contra tudo e todos por ela. Se ela soubesse o quanto suas palavras me machucaram, o quanto eu me odiei depois disso. Daria tudo para tê-la de volta. Mas era tarde demais. Tarde para nós dois. Era tarde demais para o nosso amor.

Eu só esperava que um dia ela pudesse me perdoar. Que ela pudesse ser ao menos minha amiga, o que seria difícil para mim, difícil porque eu não poderia ver outro homem tocando-a como eu toquei.

Mas que droga, ela era minha, só minha.
Ninguém tinha direto algum sobre ela a não ser eu. Minha vontade era de sair chutando tudo e correr até ela. Mas eu era covarde demais para isso.

Ao invés disso, eu me tranquei no quarto e me pus a encarar o anel de noivado que eu havia comprado para Rose, decidido a pedi-la em casamento, pronto para abandonar a minha família para ficar com ela. Tarde de mais.

- Amor... – como eu queria que essa voz fosse dela.

- Oi. – murmurei para Tasha.

- O que você tem? Se trancou nesse quarto o dia todo. Não quer sair?

- Não, obrigada.

- Ah... vamos lá, Dimka, sair um pouco.

- EU JÁ DISSE QUE NÃO QUERO, MAS QUE DROGA. – Tasha me olhou, com raiva.

- Isso, fique ai deitado mesmo, mas lembre-se Dimitri, você nunca a terá, NUNCA. Você vai se casar comigo. Não com aquela bisca... – pus minha mão na boca dela.

- Meça bem suas palavras antes de falar dela Natasha. – ameacei. Tasha, assim como todos, sabiam de Rose, eles apenas queriam se enganar pensando que eu amava Tasha. Doce engano.

Prestei atenção nos passos de Tasha enquanto ela se afastava. Ela batia os pés no chão de madeira da antiga casa dos meus pais.

Mas que droga. Nunca pensei que o adeus de uma mulher pudesse doer tanto, Rose sinto tão a sua falta. 
Queria tanto que hoje fosse apenas mais um dia em que ela faria suas birras e depois voltava para mim. A diferença, é que agora, eu sabia que seria para sempre e esse era o pior.

Peguei nas mãos a única foto que eu tinha dela, na minha carteira. Rose estava tão linda que chegava a doer de olhar, doía porque eu sabia que ela nunca mais seria minha. Ao olhar aquela foto, foi inevitável não lembrar do dia que minha sobrinha de quarto anos, Emily, viu a foto.

Emily brincava no jardim de casa rodeada por todos os tipos de brinquedos possíveis. Por ser primeira neta, primeira filha, primeira sobrinha, primeira tudo. Era uma criança bastante mimada, mas não chata. Sempre adorei crianças e amava minha sobrinha.

Aproximei-me dela, sentado na grama verde ao seu lado.

- Oi princesa.

- Oi Titio, quer brincar comigo de casinha? – eu ri, tinha acabado de voltar da casa de Rose e a coisa mais fácil era sorrir.

- Claro que sim. – ela me olhou.

- Ta bom, então eu vou ser a mamãe, você o papai e a minha boneca a filhinha. Agora você tem que me da a sua carteira.

- Para que você quer a minha carteira. – ela me encarou confusa, como se perguntando se eu estava fazendo mesmo aquela pergunta.

- Porque eu sou a mamãe, e a mamãe faz compras com o dinheiro do papai.

- Tudo bem pequena pilantrinha, toma. – dei a ela a carteira de couro preta, não sei exatamente o que aconteceu, mas a carteira caiu e junto com ela a foto de Rose, que Emily pegou nas mãos.

- Ela é bonita. – murmurou, os olhos cravados na foto. – Muito bonita. – Emily me olhou. – Um dia eu vou ser bonita que nem ela, tio?


Obvio que eu não consegui responder, Rose tinha uma beleza única, que talvez nem minha sobrinha alcançasse.

Encarei a foto de novo. Sem sombras de duvidas minha Roza estava linda. Os cabelos quase negros caindo em cascatas pelos ombros. Ela olhava para frente rindo. Aquele riso gostoso de ouvir.  
O riso que eu tinha certeza que nunca mais ouviria. Eu tinha perdido minhas chances com Rose no exato momento em que a deixei fechar a porta ao invés de tomá-la nos braços e contar de meus planos para nós dois. E daí que eu enfrentaria minha família? E daí que eu magoaria Tasha? E daí que eu decepcionaria meus pais?

A única pessoa que eu não poderia magoar, eu magoei. Nada mais importava agora.Narrado por Rose Hathaway

E os dias passavam lentamente, eu nunca conseguiria super a falta que ele fazia, mas agora era algo que eu necessitava. Eu precisava esquecê-lo. Nada mais importava que isso.

- Rose? – Lissa chamou. É, eu ainda estava com ela.

- Vamos sair? To afim de ir ao shopping. Vamos? – assenti.

- Sim, vamos. Espera só eu tomar um banho?

- Ok. – Lissa estava estranha, não nego. Algo a perturbava e eu sabia que essa ida ao shopping era apenas para ela me contar alguma coisa.

Como eu havia visto, tomei um banho rápido. Colocando um vestido azul turquesa e uma sapatilha neutra. Era apenas um shopping e meus pés me matavam, não dava para andar de salto. Soltei os cabelos e sai.

- Estou pronta. – falei.

- Vamos então.

Lissa me puxou até o carro, onde seguimos em silencio até o shopping, enquanto não saímos do estacionamento nada foi dito. Não era nada comparado a um silencio agradável.

- Certo, eu não agüento mais. Quer, por favor, me dizer o que se passa na sua cabeça? – pedi. Ela mordeu os lábios. Mau sinal.
- Er... Rose, eu tenho uma coisa para te contar. – como estávamos perto da praça de alimentação, eu a levei até lá, sentamos, e pedimos um suco.

- Então conta.

- Bem, lembra que eu te falei que tinha conhecido um cara? – perguntou com cautela.

- Lembro, mas o que é que tem isso, Lissa Dragomir?

- Esses dias, nós saímos de novo, como você sabe, e eu descobri o sobrenome dele. – eu rolei os olhos.

- E o que tem? É tão feio assim que você não quer nem chegar perto? – ela riu nervoso.

- Não é isso. É que ele se chama Christian Oz... – o suco chegou.

- Obrigada. – murmurei ao garçom. – Qual é mesmo o nome dele?

- Christian Ozera. – falou rápido. Eu me afoguei. Comecei a tossir compulsiva e vergonhosamente ali.

- O... o que? Ozera? Ozera. Liss. – lamentei

- É, eu sabia que você ficaria chateada. Perguntei a ele se ele conhecia alguma Tasha Ozera e ele disse que era sobrinho dela. Então ele me perguntou o porque disso tudo e eu falei que era amiga da Rose. Como toda a família do Dimitri sabe de você, eu não liguei em falar. Rose, você não sabe como eu me sinto.

- Liss. Ozera? Justo Ozera.

- É, eu sei. – sussurrou.

- E o que ele te disse quando falou que me conhecia? 
Bom. – ela respirou. – Ele disse que era uma grande ironia estar saindo com a amiga da concorrente da tia dele. – ela deixou os olhos distantes, depois sorriu. – Sabe op que ele disse?

- O que ele disse? – perguntei, a voz um pouco mais controlada.

- Ele disse que é contra o casamento da tia com o Dimitri. – Lissa suspirou.

- E você não acreditou nisso, acreditou?

- Claro que acreditei. Christian disse que isso é apenas um jogo de família, que Tasha sempre gostou de Dimitri sim, mas que ele nunca gostou dela. No começo ele apenas aceitava a decisão do pai, mas depois ele conheceu você. – eu pensei no que ela me dizia.

Mesmo não querendo pensar em Dimitri parecia que as coisas sempre jogavam para cima de mim algo relacionado a ele.

- Você esta brava comigo. – Lissa sussurrou depois de meu interminável silencio.

- Não. – disparei em responder. – Não estou, juro que não, só que é estranho ter que conviver com o sobrinho daquela coisinha. Mas tudo bem, o que a gente não faz por uma amiga? – Lissa sorriu, dando um pulo da cadeira.

- AI ROSE, EU TE AMO AMIGA, TE AMO MESMO.

- Sei que sim. – rimos.

Lissa parou, de novo.

- O que foi agora?

- Bem... Christian está aqui, eu meio que marquei um encontro para a gente, para vocês se conhecerem.

- OK. Tchau Liss, te vejo em casa. – levantei da cadeira.

- Não mesmo, Rose Hathaway, você vai comigo.

E assim, saímos de uma praça de alimentação, para entrar em um restaurante. Argh.

(...)

Christian Ozera não era tão ruim assim. Claro que, se não fosse pelo fato de ele estar roubando minha melhor amiga, eu podia gostar dele. As piadas que ele contava eram engraçadas, mas eu não dizia isso a ele, obvio. 
Ao contrario do que pensei, em nenhum momento ele me chamou de vadia ladra de noivos. O que era cômico porque, ele pouco ligava se eu tivesse um caso ou não com o noivo da tia dele. E isso era bom, estava sendo divertido o nosso passeio, agradável até, eu diria.

Lissa insistiu em aproveitar para comprar algumas coisas. Andamos por várias lojas, era divertido andar com ela.

Quase no fim da tarde, passamos perto de uma joalheria e eu decidi parar.

- Quero só dar uma olhada, comprar uma pulseira para mim. – murmurei para eles, Lissa entrou empolgada comigo. Christian fez cara feio, eu apostava que ele estava odiando o fato de estar no shopping com duas garotas fazendo comprar. E isso me agradava muito.

Me encantei com algumas gargantilhas e pulseiras que estavam ali.

- Liss o que acha dessa... – minha frase morreu quando eu vi.

Na entrada da loja, estavam Dimitri e Natasha. Foi inevitável não olhar, meus olhos encontraram os deles, e foi apenas isso, apenas nos encaramos por breves minutos, meu coração palpitou. Saudades, ele gritava.

Até que Natasha me olhou, com ódio obviamente. Eles passaram por mim, ela puxando ele, não saíram da loja, apenas se afastaram, Christian ficou sem graça com a situação, já Lissa chegou perto de mim, e tocou meu braço.

- Você está bem? – questionou, os olhos verdes transbordando preocupação.

- Estou sim, só quero ir para casa. – ela acenou.

- Não vai comprar nada. – neguei, tinha perdido o clima. Ele ainda me abalava.

- Posso ir com vocês? – pediu Christian.

- Claro. – e seguimos para casa. Onde mais uma vez eu só quis tomar um banho e dormir. Caramba, eu ainda ficava um caco quando meu lembrava dele. 
Narrado por Dimitri Belikov

Certo. Tasha me incomodava, muito. Sua voz estava me deixando atordoado e com raiva.

- Podemos ir ao shopping. – propôs, e eu quase disse que, se isso a faria calar a boca, eu ia sim.

- Claro. – respondi simplesmente. Ela levantou sorrindo, e disse que tomaria um banho. Enquanto ela saia, minha irmã mais nova entrou na sala.

- Você não gosta dela. – falou.

- Não. Mas eu não posso fazer nada. – a encarei.

- Claro que pode, sai correndo atrás de Rose, faça o que tem que ser, mas vai atrás da sua felicidade, meu irmão. Não gosto de te ver com ela apenas por capricho de nossos pais, você sofre com isso. – sorri minimamente.

- Rose. – falei, com veneração, saboreando o modo como seu nome saia de meus lábios. – Ela sequer vai olhar na minha cara. – minha irmã sorriu.

- Que sabe, mas você sequer tentou, não esta em condições de afirmar nada.

- Queria que tudo fosse fácil assim.

- E é. Você é quem não quer, acho.

- Como diz isso? Eu a amo tanto, estava disposto a tudo para tê-la para mim, enfrentaria nossos pais, mas ela desistiu de nós. – baixei a cabeça, minha irmã pos a mão em meu rosto e o segurou perto do seu.

- Não. Você desistiu de vocês.



(...)



As palavras de minha irmã ainda rodavam em minha mente enquanto entravamos no shopping. Era ruim pensar que eu tinha destruído o que mais me valia.

- O que você acha de eu comprar um bracelete? Preciso de um novo.

- Mas você tem vários. – Tasha me encarou.

- Mas eu quero outro. – dei de ombros.

- Que seja. – andamos em direção a uma joalheria qualquer, meu interesse era mínimo. 
Aqui. – anunciou quando chegamos. – Vamos entrar. – ela segurou meu braço, e foi então que eu ouvi a voz mais doce do mundo, a única voz que acalmava.

- Liss o que acha dessa... – então sua voz morreu, ela me encarou, ficamos assim por poucos segundos, estava disposto a atravessar a pequena distancia que nos separava e agarrá-la. Mas Tasha me segurou.

Passamos por Rose e Lissa, elas saíram logo que entramos. Ela estava tão linda naquele vestido azul turquesa, sexy. A minha garotinha.

Droga, porque eu simplesmente não a tinha.

- Dimitri, se controle, deixe aquela vadia. – meu sangue fervia quando ela falava de Rose assim. Mas eu sabia que se a respondesse a altura, estaria sendo grosseiro, e nós não precisávamos disso, não agora.

- Me escute. – ela continuou. – Nós vamos comprar o meu bracelete, passear por ai, a noite, chegaremos em casa, e sairemos para jantar.

Eu estava tão cansado que apenas assenti. Um verdadeiro cachorrinho com o rabo entre as pernas.
Narrado por Rose Hathaway

Meu plano de morrer dormindo não deu certo. Não, eu não ia me matar, estava dizendo apenas que queria ficar de molho na cama até... sempre. Mas Lissa e Christian logo foram dizendo o que o dia não tinha acabado. Isso foi após Liss receber um telefonema.

- Alô. – atendeu. Ela sorriu ouvindo quem quer que fosse do outro lado da linha.

- Não acredito que é você. Ai.Meu.Deus. – ela parou de novo. – Claro que sim. Que horas? Pode deixar, eu levo ela, precisamos nos divertir mesmo. – ela se despediu sem dizer nomes, e com os olhos brilhando, olhou para mim.

- Quem era? – eu e Christian dissemos em uníssono. Lissa nos encarou, a sobrancelha erguida.

- Mas agora sim, né. E se eu dissesse que não interessa a vocês? – decidi desafiá-la.

- E se eu disse que se você não nos contar eu e Christian vamos sair por ai sem você, sabe Lissa, você ficaria sozinha.

- Argh. Seus chatos era o Adrian. – morri e ressuscitei. Adrian Ivashkov, meu ex-namorado e primo de Lissa.

- O... o que ele queria? – ousei perguntar.

- Ele esta na cidade, e nos convidou para jantar.

FIM DA PRIMEIRA PARTE.
   

Olá

Bom, não tenho nenhuma finalidade de o porque ter feito esse blog, sou apenas apaixonada pela série Vampire Academy e entre conversas com uma amiga muito, muito especial, passamos a nos chamar de Lissa e Rose, é algo bobo e só nosso. kk''
Mas agora falando sério, a algum tempo escrevo fanfics com a série VA e talvez esse seja um espaço para os leitores saberem mais sobre as minhas fanfics relacionadas a ela e também tudo que posso envolver esse maravalhoso Universo Alternativo de Academia de Vampiros.
Espero que gostem do conteudo que será mostrado aqui.
Beijos.